Rio de Janeiro
(Foto do Arquivo Pessoal, 2011)
É
tempo de recomeçar
Tempo
de se reconhecer além do reflexo na água
Muito
além da nudez
Muito
além do entendimento humano
Reconhecer-se
nas profundidades
Como nunca
Mesmo
que o começo seja solidão
E que
os lugares pareçam irreconhecíveis
Ou
quando as conversas não traduzem coisa alguma
Ou até
quando a falta delas diz muito
É
tempo de se reconhecer em meio a julgamentos não ditos
Para
que não se perca de quem se é
Mesmo
que a vida pareça não encontrar sentido aqui
Uma
mochila, a solidão e um violão
Soando
como liberdade em meio a possessividade
E todas
as coisas mudando e se encaixando em outro lugar
Com
outros personagens
Relativamente
assíduos da vida real
É
tempo de se reencontrar
No
movimento da cidade grande de pessoas sem tempo
Em meio
ao perfeito conjunto de clima, montanhas, praia e natureza
Que só
uma cidade maravilhosa poderia possuir
De se
achar no meio dos milhões
Onde a
solidão de cada um anda lado a lado
E nessa
falta de sentido através dos olhos
Se encontrar
dando adeus as cores frias, natureza de esmeralda e flores
Para a
exuberância carioca de cores quentes em terras tupiniquins